quarta-feira, 29 de julho de 2009

Reunião musical

Este texto (ou manifesto) está também em meu Orkut, dexem um comentário ou aqui ou lá, no meu orkut. É de suma importância para o movimento alternativo pelomenos pensar esta reunião.

um abraço para todos que o leram

quem sou eu:Não direi quem sou, isso descubra você, o que lhe interessa saber é que, se todos os estudantes acadêmicos promovem encontros, nós músicos aescolados, autodidata, ou até os partitureiros, devemos nos reunir, sem distinção de estilo, para debatermos sobre a questão musical no vale do São Francisco.
Minha proposta temática: músicos de diferentes estilos conversando sobre a questão musical para uma existência terrena mais prazerosa; o por que devemos consideramo-nos músicos mesmo que não toquemos um instrumento ( os que tocam apito e/ou punheta são músicos?); como nossa arte pode ser útil para melhorar o cenário cultural da região, aumentar o intercambio de conhecimento entre nós, músicos; jogar conversa fora... tomar uma...; ouvir e ser ouvido; e que nossos encontros sejam planejados aqui, no Orkut, afinal de contas essa porra tem que servi pra alguma coisa.
Minha sugestão estrutural: que o encontro seja em uma noite de terça-feira, posto que é o dia normal de folga para um músico; que nos encontremos em um local público, pois não será preciso pagar ingresso ou qualquer outro soldo para fazer parte das discussões; que seja definida regras de convívio no espaço de discussão, pois a proposta é que haja uma discussão e que todos sejam ouvidos e “ouvidos” ; que o Orkut e a música sejam as únicas coisas de virtual, pois devemos transportar os trabalhos musicais e as definições do coletivo para o campo das coisa reais.
Esta é a minha idéia, se você tem algo a acrescentar e/ou melhorar escreva, vamos conversa sobre isso, acho que são assuntos de suma importância para nós, músicos da região.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pequena Guerra Social

O sol entra pela janela, acorda os dois amantes, entreolham-se, com um simples pensamento: é bom ter você aqui... Segui também uma gostosa carícia nos rostos, fazem o que têm de fazer e partem, cada um para sua guerra particular no mundo.
Ele, com sua boa visão de mundo, sua paz de espírito tenta passar para as pessoas aquilo que gosta e que pode ser bom pra todos. Quase como um psicólogo, ele investiga, liga os fatos, observa as fontes, pensa (claro), escreve e tenta passar a todos que cercam suas mensagens, da maneira mais simples possível, aquilo que está acontecendo naquele momento, fazendo com que eles questionem e tome suas decisões. Esbarra, sim, na falta de estrutura que o sistema lhe oferece. Entristece-se, por todas as mascaras que o capitalismo o obriga a por, sente vergonha de ser um humano ao ver o que a humanidade fez com ela mesma; de repente o telefone toca, é o alarme de mensagem recebida, é uma de sua esposa, que se lia o seguinte: e se você fosse o pai dos meus filhos... Ao termino da leitura ele olha para o ponto mais distante que não consegui enxerga, senti a boa presença dela e escreve outra mensagem, envia, logo depois com suas forças revigoradas ele continua sua pequena guerra social.
Não tão distante da li estava Ela, com sua seriedade, elegância, beleza, mas sabendo do privilegio que teve de ter nascido na família que nasceu (pois seus pais souberam lhe educar divinamente bem). Ela tenta, e pode passar para todas as pessoas que lhe cercam com amor o que lhe é bom e o que lhe conforta. Como uma jornalista, Ela observa a pessoa em questão, ouve os fatos, imagina o real contexto do individuo, pensa (claro), escreve e depois passa para o outro da maneira mais simples possível os problemas que estão acontecendo no momento tentando o abrir para um questionamento. Ela então senta e se entristece com o rumo que o sistema tomou e pensa “nunca em minha vida vou colocar um ser neste lugar!” Toma um café, acende um cigarro e pensa melhor: “se eu sou uma pessoa boa porque não posso fazer outra para o mundo?” Escreve uma mensagem para o seu marido, envia, minutos depois recebe outra com as seguintes palavras: seriamos uma família... Esta mensagem lhe faz lembrar quando eram simples namorados e se escreviam todas as noites antes de dormirem; também lhe revigora as forças e assim ela continua sua pequena guerra social.
Já em casa, à noite, voltam a se entreolhar: rostos suados, cabelos despenteados, olhos cansados, mas se reconhecem, sentem-se nos cheiros e dentre os milhares, pegam-se como se dissessem este daqui é o odor que eu procuro, então os lábios se recostam e num tom de ironia dizem: vamos tomar um banho. Neste momento todo o verdadeiro amor e paz voltam para os seus lugares de origem.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Baseado em fatos reais

Estavam na beira do rio, os três amigos, por volta de uma da tarde no intervalo para o almoço. Voltariam logo para a sala de aula. Neste meio tempo: fumar um baseado, porque não? E era um dos grandes! Um verdadeiro BOB! E, só para gastar a viagem: Deus existe ou não?
Foi dada a largada, iniciou-se o debate. Com a palavra o niilista: Ah, é tudo matéria foi se formando gradativamente até chegar ao que é hoje. Veja estamos em evolução, só que ela é tão lenta que não é perceptível, e se não houver uma física há, com certeza, uma psicológica. Os fenômenos sobrenaturais são facilmente explicados: Nós não sabemos a verdadeira capacidade do cérebro, por conseguinte, há vários momentos que só acontecem em nossa cabeça e nada mais.
Contrapõe o físico crente: Ai é que tah maluco, eu acredito que o mundo foi criado com o advento de uma explosão, no entanto onde estava esta tal “bola de fogo mais quente que o Sol”, talvez em um laboratório metafísico-celestial onde experimentos extraordinariamente divinos deram errados e “fez-se a terra, o céu e os mares?” Pura bioquímica espiritual. E desde então este povo daqui é vigiado por “povos” de lá.
O outro... Runh! Não lhe importa como é que aconteceu ou como acontecerá. Interessa-lhe é: acontecer. Então viu que algo já deveria ter ocorrido e diz: Pooôorra, essa massa não é da boa não, ainda toh de cara. Súbitos respondem: É, eu também, mas passa abola mão de cola, não enrrola...
O imediatista fica parado sem colocar o baseado na boca e olhando para o rio, os outros também olham e percebem um homem negro de cabeça raspada, camisa rota (era uma farda escola), bermuda de futebol e os pés n’água. Com uma lata de refrigerante nas mãos apontada para o sol, permanece assim por algum tempo.
Os estudantes não cansam de olhar, inertes, com um único comentário: O doido tah doido. E assim se foi o baseado. Então o extraordinário começa a dar passos contados para frente; abaixa-se e põe a lata n’água; quando a emerge vem em seu lugar uma nave redonda com muitas cores e luzes; adentra no entreposto e voa para algum lugar no espaço.
Os três amigos perplexos com o momento entre-olham-se a indagar: Que loucura, essa maconha é da boa, pra deixar agente olhando um doido beber a água do rio por meia hora. Concorda o outro: Vamo pá sala, maluco, que eu to mais doido que o doido bebedor de coliformes fecais...

jazz

Jazz

No tchiquitjin dõ dõ de um berimbau bem tocado juntamente com o cutu tátu de um pandeiro bem molejado vai-se ao mundo das sincréticas verdades, saindo dos ebós, desviando da inconsciência do medo, quebrando o tempo, indo ao encontro do outro, transformando tudo em açúcar e sal. Com uma saída meio que pra dentro da melodia, tornam-se aos seus misturados devidos lugares. Ajustam-se como se nas cordas dum violão, saindo em baixo entrando de cima... descaradamente, faz-se, indo um ao redor do outro. Saindo, deitando, sentindo um massagear por todo o ouvido, que, conectando-se aos olhos, fazem com que a boca cale e tudo seja som, absorvido...! Enquanto manténs o ebó, ele ti cutuca e não percebes tudo isso!